quinta-feira, 14 de outubro de 2010

UM CORAÇÃO PERFEITO TORNA UM HOMEM PERFEITO - ANDREW MURRAY




Noé era homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos; Noé andava com Deus"  (Gn 6:9).

"Perguntou ainda o Senhor a Satanás: Observaste a meu servo ? porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal" (Jó 1:8).

"E seu coração não foi perfeito para com o Senhor seu Deus como o coração de Davi, seu pai" (IRs 11:4 e 15:3).


"O coração de Asa foi, todos os seus dias, totalmente do Senhor" (IRs 15:14).


Agrupamos quatro homens, sobre todos os quais as Santas Escrituras testificam que seus corações eram perfeitos diante de Deus. Sobre cada um deles as Escrituras também testificam que não foram perfeitos no sentido de impecabilidade absoluta. Sabemos como Noé caiu, como Jó teve de humilhar-se perante Deus, e como la-mentavelmente Davi pecou. A respeito de Asa, lemos que houve uma ocasião quando ele agiu insensatamente, tendo dependido dos sírios, e não do Senhor seu Deus. A despeito disso, o coração desses homens era perfeito para com o Senhor seu Deus.

Para compreender isso, há uma coisa que devemos ter em mente. O sentido do vocábulo "perfeito," em cada caso, tem de ser julgado de acordo com aquele pe-ríodo de ensino particular a respeito de Deus, ministrado a Seu povo. O que um pai ou um professor considera como perfeição em uma criança de dez anos, é muito diferente do que chamaria de perfeito a um jovem de vinte anos.

Posteriormente veremos como, no Velho Testamento, em realidade nada foi feito perfeito e como Cristo veio a fim de revelar e pôr em prática a autêntica perfeição. Veremos também como a perfeição, segundo nos é revelado no Novo Testamento, é algo infinitamente mais alto, mais espiritual e eficaz, do que sob a antiga dispensação. No entanto, em suas raízes, são a mesma coisa.

Deus olha para o coração. Um coração que é perfeito diante dEle é objeto de complacência e aprovação.

O ensino dessas passagens bíblicas nos sugerem uma lição muito simples, e também muito penetrante. No registro divino sobre as vidas de Seus servos, sobre alguns deles foi escrito: "Seu coração foi perfeito para com o Senhor seu Deus." Quanto a isso, cada leitor deve perguntar: O que Deus vê e diz a meu respeito? A minha vida, aos olhos de Deus, traz as características de um coração inteiramente consagrado à vontade e ao serviço dEle? Possuo o desejo ardente de ser tão perfeito quanto a graça me possibilita? Coloquemo-nos debaixo da luz penetrante dessa pergunta.

Devemos crer que com essa palavra, "perfeito," Deus tem em mente algo muito real e verdadeiro. Não evitemos a sua força, nem nos escondamos de seu poder condenador, apelando para o recurso de que não entendemos perfeitamente o que isso quer dizer. Primeiramente precisamos aceitá-lo, e então entregar nossas vidas a ela, antes de poder compreendê-la. Jamais poderá haver esperança de compreender o que seja a perfeição, enquanto não se considerar tudo como perda, com a finalidade de se apreender, viver, aceitar e possuir essa perfeição.

Isto, porém, podemos compreender. Aquilo que faço com coração perfeito, faço-o com amor e prazer, voluntariamente, e com todas as minhas forças. Isso implica na firmeza de propósitos e na concentração de esforços que torna tudo subordinado ao objetivo único de minha escolha. Isso é o que Deus pede e o que Seus santos têm dado. É o que nós devemos dar.

Poderá Deus dizer a seu respeito o que declarou de Noé, Jó, Davi e de Asa, que seu coração é perfeito diante dEle? Você já se entregou totalmente a ponto de poder afirmar que nada, absolutamente, pode ser capaz de dividir o seu coração com Deus e Sua vontade? O seu objetivo é ter um coração perfeito diante de Deus? É o desejo da sua fé, esperança e a sua oração? Se assim não tem sido, que isso seja uma realidade a partir de hoje. Que seja sua a promessa da Palavra de Deus: "Ora, o Deus da paz... vos aperfeiçoe em todo bem" (Hebreus 13:20,21).

O Deus cujo poder ultrapassa tudo quanto pedimos ou pensamos lhe abrirá a bendita possibilidade de uma vida, da qual Ele mesmo poderá dizer: "Seu coração era perfeito para com o Senhor seu Deus."

(Murray, Andrew, Sê Perfeito, Editora Betânia S/C, Caixa Postal 10, Venda Nova, MG, 1975)

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A ÚLTIMA PREGAÇÃO CHARLES FINNEY



"Finney continuou a inspirar os estudantes da Faculdade de Oberlin (Da qual fora fundador e reitor) até a idade de 82 anos.

Já no fim da vida, permanecia tão lúcido de mente como quando jovem e sua vida nunca foi tão rica no fruto do Espírito e na beleza da sua santidade do que nesses últimos anos.

No domingo, 16 de agosto de 1875, pregou seu último sermão. Mas não assistiu ao culto da noite. Ao ouvir os crentes cantarem "Jesus lover of my soul, let me to Thy bosom fly", saiu até o portão na frente da casa, e com estes que tanto amava, foi a última vez que cantou na terra.

...antes de amanhecer o dia, dormiu na terra para acordar na Glória, nos céus. Faltavam-lhe apenas treze dias para completar 83 anos de vida aqui na terra".

Fonte: Boyer, Orlando S., Heróis da fé, CPAD – Casa Publicadora das Assembléias de Deus, Rio de Janeiro, RJ.
 
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domingo, 15 de agosto de 2010

CHARLES FINNEY - RESULTADOS DE UM MINISTÉRIO AVIVADO



"...mais de 85 pessoas de cada 100 que se convertiam sob a pregação de Finney, permaneciam fiéis a Deus; enquanto 75 pessoas de cada cem, das que professaram conversão nos cultos de algum dos maiores pregadores, se desviavam. Parece que Finney tinha o poder de impressionar a consciência dos homens, sobre a necessidade de um viver santo, de tal maneira que produzia fruto mais permanente." (Deeper Experiences of Famous Christians, p. 243.) [1]

"Por volta de 1830, segundo cálculos do Dr. Henry Ward Beecher, pelo menos 100.000 pessoas foram convertidas em um ano e se filiaram a igrejas, através dos reavivamentos relacionados com Finney e de sua influência na expansão do evangelho. Esta foi provavelmente a maior colheita desde o Pentecostes.

Em 1849 Deus começou a usar Finney para um reavivamento em Londres. Em certas ocasiões, de 1.500 a 2.000 pessoas respondiam ao convite para receber Cristo. Dez anos mais tarde contaram a ele que os convertidos daqueles anos continuavam firmes.

O maior reavivamento que varreu a América em 1858-59 foi algumas vezes chamado de reavivamento das reuniões unificadas de oração. O Dr. Lyman Beecher chamou-o de "o maior reavivamento que o mundo já viu", com pelo menos 600.000 conversões. Ele foi considerado um resultado direto do ministério de Finney durante os anos anteriores, embora ele não estivesse, em geral, presente.

O bispo W. A. Candler afirmou que pelo menos um milhão de pessoas foram convertidas neste reavivamento. O Dr. J. Edwin Orr, historiador de reavivamentos cristãos, concorda com o bispo.

A permanência dos resultados do ministério de Finney foi destacada. Após o reavivamento em Gouverneur, Nova Iorque, foi dito que durante seis meses não houve danças nem espetáculos teatrais. Uma pesquisa cuidadosa mostrou que 85% dos convertidos nas reuniões de Finney permaneceram firmes no Senhor. Até mesmo o ministério de evangelistas como Moody mostrou uma permanência de apenas 30%. Não existe substituto para o poder do Senhor como o manifestado na vida e ministério de Finney.


Fontes: Deeper Experiences of Famous Christians, p. 243.; Duewel, Wesley L., Em chamas para Deus, páginas 61 e 62, Candeia, 1996, São Paulo, SP.



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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

OS MÉTODOS USADOS POR CHARLES FINNEY


"Dei grande ênfase à oração como indispensável, se realmente queríamos um avivamento. Esforçava-me por ensinar a propiciação de Jesus Cristo, sua divindade, sua missão divina, sua vida perfeita, sua morte vicária, sua ressurreição, a necessidade de arrependimento e de fé, a justificação pela fé, e outras doutrinas que se tornaram vivas pelo poder do Espírito Santo.

"Os meios empregados eram simplesmente pregação, cultos de oração, muita oração em secreto, intensivo evangelismo pessoal e cultos para a instrução dos interessados.

"Eu tinha o costume de passar muito tempo orando; acho que, às vezes, orava realmente sem cessar. Achei, também, grande proveito em observar freqüentemente dias inteiros de jejum em secreto. Em tais dias, para ficar inteiramente sozinho com Deus, eu entrava na mata, ou me fechava dentro do templo..."

"Se eu não tivesse o espírito de oração, não alcançaria coisa alguma. Se por um dia, ou por uma hora eu perdesse o espírito de graça e de súplica, não poderia pregar com poder e fruto, e nem ganhar almas pessoalmente." 



Fonte: Rossel, Garth e R. Dupuis, Memórias originais de Charles Finney, Ed. Vida, 2006, S. Paulo.


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terça-feira, 10 de agosto de 2010

OS PRIMEIROS OPOSITORES DE CHARLES FINNEY




Apesar do grande êxito como evangelista e do inquestionável testemunho como servo de Deus, Finney angariou o ciúme de muitos líderes de sua época. Tanto de calvinistas quanto de ateus e adeptos do universalismo.

Dentre os opositores encontrava-se o então famoso evangelista Asahel Netleton, que destacou-se mais por sua oposição extremada a Finney que por seus resultados ministeriais. Outro opositor de peso foi o dr. Lyman Beecher. Este, mais tarde, veio a tornar-se um dos mais ilustres cooperadores de Finney.

Dentre as acusações levantadas contra o avivalista pesava o fato de que o mesmo usava expressões e ilustrações muito próprias às pessoas do povo. Seus sermões "manchavam a dignidade do púlpito".

Muitas de suas afirmações doutrinárias eram distorcidas e divulgadas desta forma por meio de panfletos e cartas anônimas. Uma das acusações preferidas de seus opositores era a de que Finney constantemente lançava mão de "estranhos métodos" com o objetivo de provocar reações puramente emocionais.

A tudo isso o avivalista respondia com jejuns, orações e uma redobrada dedicação à tarefa de resgatar as almas perdidas das mãos do diabo.




Fonte: Rossel, Garth e R. Dupuis, Memórias originais de Charles Finney, Ed. Vida, 2006, S. Paulo.


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domingo, 8 de agosto de 2010

CHARLES FINNEY - UM TÍPICO CASO DE AVIVAMENTO



"...Ao chegar, na hora anunciada para iniciar o culto, achei o prédio da escola repleto e tinha de ficar em pé perto da entrada. Cantamos um hino, isto é, o povo pretendia cantar. Entretanto, eles não tinham o costume de cantar os hinos de Deus, e cada um desentoava à sua própria maneira. Não podia conter-me e lancei-me de joelhos e comecei a orar. O Senhor abriu as janelas dos céus, derramou o espírito de oração e entreguei-me de toda a alma a orar.

"Não escolhera um texto, mas logo ao levantar-me dos joelhos, eu disse: Levantai-vos, saí deste lugar, porque o Senhor há de destruir a cidade . Acrescentei que havia dois homens, um se chamava Abraão, e outro, Ló... Contei-lhes como Ló se mudara para Sodoma... O lugar era excessivamente corrupto... Deus resolveu destruir a cidade e Abraão orou por Sodoma. Mas os anjos acharam somente um justo lá, era Ló. Os anjos disseram: 'Tens alguém mais aqui? Teu genro, e teus filhos, e tuas filhas, e todos quantos tens nesta cidade, tira-os fora deste lugar; porque nós vamos destruir este lugar, porque o seu clamor tem engrossado diante da face do Senhor, e o Senhor nos enviou a destruí-lo'.

"Ao relatar estas coisas, os ouvintes se mostraram irados a ponto de desejarem me açoitar. Nessa altura, deixei de pregar e lhes expliquei que compreendera que nunca se realizara culto ali e que eu tinha o direito de, assim, considerá-los corruptos. Salientei isso com mais e mais ênfase e, com o coração cheio de amor até não poder mais conter-me.

"Depois de eu assim falar cerca de quinze minutos, parecia cair sobre os ouvintes uma tremenda solenidade e começaram a cair ao chão, clamando e pedindo misericórdia. Se eu tivesse tido uma espada em cada mão, não os poderia derrubar tão depressa como caíram. De fato, dois minutos depois de os ouvintes sentirem o choque do Espírito vir sobre eles, quase todos estavam ou caídos de joelhos ou prostrados no chão. Todos os que podiam falar de qualquer maneira, oravam por si mesmos.

"Tive de deixar de pregar, porque os ouvintes não prestavam mais atenção. Vi o ancião que me convidara para pregar, sentado no meio do salão, olhando em redor, estupefato. Gritei bem alto para ele ouvir, apesar da balbúrdia, pedindo-lhe que orasse. Caiu de joelhos e começou a orar em voz retumbante; mas o povo não prestou atenção. Gritei: Vós não estais ainda no Inferno; quero dirigir-vos a Cristo. O coração transbordava de gozo ao presenciar tal cena. Quando pude dominar os meus sentimentos, virei-me para um rapaz que estava perto de mim, consegui atrair a sua atenção e preguei Cristo, em voz bem alta, ao seu ouvido. Logo, ao olhar para a 'cruz' de Cristo, ele acalmou-se por um pouco e então rompeu em oração pelos outros. Depois fiz o mesmo com um outro; depois com mais outro e continuei assim tratando com eles até a hora do culto da noite, na aldeia. Deixei o ancião que me convidara a pregar, para continuar a obra com os que oravam.

"Ao voltar, havia tantos clamando a Deus que não podemos encerrar a reunião, que continuou o resto da noite. Ao amanhecer o dia, alguns ainda permaneciam com a alma ferida. Não se podiam levantar e, para dar lugar às aulas, foi necessário levá-los a uma residência não muito distante. De tarde mandaram chamar-me porque ainda não findara o culto.

"Só nesta ocasião cheguei a saber a razão de o auditório agastar-se da mensagem. Aquele lugar era apelidado de 'Sodoma' e havia somente um homem piedoso lá a quem o povo chamava de 'Ló'. Era o ancião que me convidara a pregar."

"Embora esse avivamento caísse tão repentinamente sobre eles, era tão tremendo que as conversões eram profundas e a obra permanente e genuína."


FONTE: Rossel, Garth e R. Dupuis, Memórias originais de Charles Finney, Ed. Vida, 2006, S. Paulo.



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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

COMO CHARLES FINNEY FOI CHAMADO POR DEUS



"Na manhã em que vivi as experiências que acabo de narrar, desci para o escritório e ali estava recebendo a renovação daquelas ondas poderosas de amor e salvação fluindo sobre mim, quando o dr. Wright entrou na sala. Falei-lhe sobre sua salvação. Não me recordo do que disse. Sei apenas que foram poucas palavras. Ele olhou para mim, atônito, mas não me respondeu nada de que possa me lembrar. Curvou a cabeça e, depois de ficar parado alguns momentos, saiu do escritório. Na ocasião, não pensei mais no assunto, mas depois fiquei sábendo que o que lhe dissera penetrara como uma espada em seu coração e em sua mente de tal forma, que ele não se recuperou daquele estado de comoção até se converter.

Pouco depois de o dr. Wright sair do escritório, o diácono Barney entrou e me disse: - Sr. Finney, está lembrado de que minha causa será julgada às dez horas da manhã? Suponho que esteja pronto para acompanhar-me. Como advogado, tinha uma procuração para defender sua causa.

Contei-lhe, em poucas palavras, que me alistara na causa de Cristo. Revelei-lhe que havia recebido, da parte do Senhor Jesus Cristo, uma convocação para defender a causa divina. Assim, o diácono precisaria procurar outra pessoa que pudesse ser seu advogado. Eu não poderia defender sua causa.

Barney abaixou a cabeça e saiu sem responder. Pouco tempo depois, ao passar perto da janela, vi que o diácono estava em pé, na rua, como que em profunda meditação. Fiquei sabendo mais tarde que ele conseguira firmar um acordo extrajudicial amigável. Depois disso, foi se dedicar à oração. E não demorou a alcançar em sua vida espiritual um estado a que jamais havia chegado.

Resolvi sair do escritório para dar uma volta em busca de pessoas a quem pudesse falar sobre sua alma. Dentro de mim, começou a se desenvOlver um sentimento que nunca mais me abandonou: Deus queria que eu pregasse o evangelho, e eu deveria começar a cumprir essa tarefa imediatamente. De alguma forma, parecia que eu já sabia disso. Se você me perguntar como eu linha conhecimento desse chamado, não poderei responder. Não saberia explicar, como também não posso entender ou justificar como eu sabia que aquilo que recebera se tratava do amor de Deus e do batismo com o Espírito Santo. Mas eu o sabia, sem sombra de dúvida. Do mesmo modo, parecia saber que o Senhor me comissionara para pregar o evangelho.

...depois de receber o batismo com o Espírito, eu desejava pregar o evangelho. Mais que isso, não tinha disposição para fazer outra coisa. Já não tinha o mínimo desejo de exercer a advocacia. Tudo quanto existia no ramo parecia fechado para mim, nada me atraía. Descobri que minha mente estava totalmente transformada e que uma revolução total ocorrera dentro de mim. Não tinha mais disposição para ganhar dinheiro. Não sentia fome nem sede pelos prazeres e diversões mundanos, quaisquer que fossem eles. Minha mente estava ocupada inteiramente com Jesus Cristo e com a salvação que nele eu encontrara. O mundo parecia ter pouca importância para mim. Nada se comparava ao valor das almas, pensava. Nenhum esforço poderia dar tanta satisfação e nehum prazer poderia ser tão grande quanto o de me ocupar em apresentar Cristo a um mundo que estava morrendo."

Fonte: Rossel, Garth e R. Dupuis, Memórias originais de Charles Finney, Ed. Vida, 2006, S. Paulo.

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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Charles Finney é Batizado no Espírito Santo




"Ao entrar e fechar a porta atrás de mim, parecia-me ter encontrado o Senhor Jesus Cristo face a face. Não me entrou na mente, na ocasião, nem por algum tempo depois, que era apenas uma concepção mental. Ao contrário, parecia-me que eu o encontrara como encontro qualquer pessoa. Ele não disse coisa alguma, mas olhou para mim de tal forma, que fiquei quebrantado e prostrado aos seus pés. Isso, para mim, foi, depois, uma experiência extraordinária, porque parecia-me uma realidade, como se Ele mesmo ficasse em pé perante mim, e eu me prostrasse aos seus pés e lhe derramasse a minha alma. Chorei alto e fiz tanta confissão quanto foi possível, entre soluços. Parecia-me que lavava os seus pés com as minhas lágrimas; contudo, sem sentir ter tocado na sua pessoa...


"Ao virar-me para me sentar, recebi o poderoso batismo com o Espírito Santo. Sem o esperar, sem mesmo saber que havia tal para mim, o Espírito Santo desceu de tal maneira, que parecia encher-me corpo e alma. Senti-o como uma onda elétrica que me traspassava repetidamente. De fato, parecia-me como ondas de amor liquefeito; porque não sei outra maneira de descrever isso. Parecia o próprio fôlego de Deus.

"Não existem palavras para descrever o maravilhoso amor derramado no meu coração. Chorei de tanto gozo e amor que senti; acho melhor dizer que exprimi, chorando em alta voz, as inundações indizíveis do meu coração. As ondas passaram sobre mim, uma após outra, até eu clamar: 'Morrerei, se estas ondas continuarem a passar sobre mim!. Senhor, não suporto mais!' Contudo, não receava a morte.

Rossel, Garth e R. Dupuis, Memórias originais de Charles Finney, Ed. Vida, 2006, S. Paulo.
Próxima postagem: Chamada Ministerial e primeiros frutos.


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sábado, 15 de maio de 2010

A conversão do Avivalista Charles Finney


"Ao norte da aldeia, do outro lado de uma colina, havia um bosque, onde eu costumava caminhar quase diariamente, quando fazia bom tempo. Àquela altura do ano, já havia passado a estação em que meus passeios podiam ser freqüentes. Apesar disso, em vez de ir para o escritório, voltei-me em direção ao bosque, sentindo que devia ficar longe de todos os olhos e ouvidos humanos, a fim de derramar minha oração diante de Deus. Mas até ali meu orgulho tinha de se evidenciar.

“Quando tentei orar, porém, vi que meu coração não queria orar. Havia suposto que, se eu tão-somente encontrasse um lugar onde pudesse falar em voz alta, sem que ninguém me ouvisse, seria capaz de orar livremente. Mas quando tentei orar, emudeci: nada tinha para dizer a Deus. Até consegui dizer umas poucas palavras, mas não de coração. A cada tentativa, escutava, segundo me parecia, um remexer de folhas secas e parava, levantando os olhos para ver se alguém "estava vindo em minha direção. Isso se repetiu várias vezes. Finalmente, vi-me à beira do desespero e disse para mim mesmo: ''Acho que não consigo orar. Meu coração está morto diante de Deus e não quer orar".

“Imaginei então ter ouvido outra vez alguém se aproximando. Abri os olhos para ver se realmente havia alguém por perto. Mas naquele exato momento ficou claro para mim que a grande dificuldade, o que me impedia de orar era a soberba de meu coração. A consciência esmagadora de minha iniqüidade - ter vergonha de que um ser humano me visse de joelhos diante de Deus - apossou-se de mim de modo tão poderoso que passei a gritar, afirmando que não sairia dali nem que todos os homens da terra e todos os demônios do inferno estivessem ao meu redor. "O quê?!", exclamei. "Um pecador tão degradado como eu, de joelhos, confessando seus pecados ao grandioso e santo Deus, com vergonha de que outro ser huma¬no, tão pecador quanto eu, saiba disso e me veja de joelhos procurando a paz com meu Deus, a quem ofendi?!" Meu pecado parecia terrível, infinito. Fez-me quebrantar-me diante do Senhor.

“Naquele momento, como um raio de luz, senti que penetrava em minha mente a seguinte profecia bíblica: "Então vocês clamarão a mim, virão orara mim, e eu os ouvirei. Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração" (Jr 29.12,13). Imediatamente, apossei-me dessas palavras com o coração. Até então, eu havia crido intelectualmente na Bíblia. Nunca percebera que, na verdade, a fé significava confiança voluntária, e não um estado intelectual. Tomei total consciência de que, naquele momento, precisava confiar na veracidade de Deus.

“De alguma forma, fiquei sabendo que aquelas palavras eram uma passagem das Escrituras, embora creia que ainda não a tivesse lido. Sabia que era a Palavra de Deus, a voz de Deus falando comigo, exclamei: "Senhor, eu me aposso hoje de tua promessa. Agora sabes que eu realmente te busco de todo o coração, que vim a este lugar a fim de orar a ti e que prometeste me atender". O Espírito parecia enfatizar a idéia dada no texto: "... quando me procurarem de todo o coração". A questão do momento, ou seja, o tempo presente, parecia impressionar fortemente meu coração. Falei ao Senhor que aceitaria literalmente sua promessa, tendo a certeza de que ele não podia mentir e, por isso, estava certo de que atenderia à minha oração e seria achado por mim.

“Continuei a orar e a receber e tomar posse das promessas divinas por um longo período. Não sei quanto tempo durou. Orei até sentir minha mente transbordar e, antes que o percebesse, já estava em pé, subindo aos saltos a ladeira em direção à estrada.



Rossel, Garth e R. Dupuis, Memórias originais de Charles Finney, pp 27,28,29, Ed. Vida, 2006, S. Paulo.


Próxima postagem: A experiência de Finney com o Espírito Santo e Seu revestimento de poder.

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segunda-feira, 10 de maio de 2010

O maior evangelista desde Paulo





Certamente, você já ouviu falar de Charles Finney, o grande avivalista americano que lutou pelo abolicionismo, pela participação feminina no ministério cristão e foi o instrumento de Deus para a conversão de cidades inteiras para Cristo em seu tempo.

Antes dele, o evangelho era pregado com um certo tom fatalista: se você for um escolhido se converterá. Se não, azar o seu. O espírito do ultra-calvinismo fazia as pessoas imaginarem um Deus arbitrário em sua soberania, capaz de lançar multidões ao inferno somente porque desejou fazê-lo.

Depois de Finney, a pregação do evangelho passou por uma verdadeira reforma, resultando em ondas contínuas de conversões que espraiam em nossos dias e ainda tendem a se derramar por muito tempo.

Fico espantado com os resultados colhidos por esse pai de família sem recursos financeiros, que trocou a carreira de advogado pelo oficio de pregador da palavra. Sem recursos modernos tais como microfones e outros aparelhos eletrônicos, ele conduziu centenas de milhares de pessoas a Cristo, observando entre os novos convertidos um percentual de permanência jamais antes alcançado.

A maior parte dos seus trabalho se encontra hoje em inglês, contudo já há um movimento, ainda que tímido, no sentido de traduzí-los para a língua portuguesa. Em 2002 estive em Curitiba, na casa de um amigo, o irmão Ale, que traduziu um número considerável de suas obras e as enviou para o site http://www.gospeltruth.net/. Inspirado por sua dedicação resolvi ajudar a divulgar os trabalhos de Finney e realizei uma modesta pesquisa, que publicarei neste blog a partir de hoje.

Você vai descobrir que devemos muito a esse instrumento de Deus. Vale a pena rever muitos dos nossos conceitos e práticas à luz de seus ensinamentos iluminados pelo Espírito Santo de Deus.


TESTEMUNHOS ACERCA DE FINNEY

Registrarei a seguir o depoimento de pessoas destacadas na pregação do Evangelho: Halley, Wesley Duewell, Myer Pearlman, Orlando Boyer, Billy Graham, Jonathan Goforth, T. L. Osborn, Oswald Smith, Kenneth Hagin, Gene Edwards, Benny Hinn, Tommy Tenney, Dallas Willard e Paul (David) Yonggi Cho.


  • Myer Pearlman:
Quando Finney ministrava em uma comunidade onde a graça de Deus havia recebido excessiva ênfase, ele acentuava muito a responsabilidade do homem. Quando dirigia trabalhos em localidades onde a responsabilidade humana e as obras haviam sido fortemente defendidas, ele acentuava a graça de Deus. (Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, cap XIII, Editora vida, 2006, São Paulo, SP.)

  • Halley:
Na América do Norte, O Segundo Grande Avivamento (1800-1861) foi uma resposta ao racionalismo e à industrialização. As pregações reavivalistas e a piedade pessoal grassavam no novo pais. Quase todas as denominações se reuniam em acampamentos e as conversões ocorriam aos milhares. Os acampamentos tornaram-se lugares permanentes de culto e depois em centros de conferencias bíblicas, alguns dos quais existem até hoje. Charles Finney foi o evangelista de maior destaque naqueles tempos. Ele mudou a forma de evangelização, adaptando-a ao ministério urbano. Mais tarde, no mesmo seculo, Dwight L. Moody espregaria as técnicas de avivamento de Finney e acrescentaria a colportagem (distribuição de literatu¬ra de porta em porta) e a fundação de varias instituições educacionais, das quais a mais conhecida e Instituto Bíblico Moody em Chicago (Manual Bíblico de Halley, Vida, 2001).


  • Wesley Duewell:
“Finney foi instrumental no grande avivamento de 1857 a 1858 dos 'grupos de oração', que espalhou-se por dez mil cidades e municípios, resultando na conversão de pelo menos um milhão de pessoas. Somente entre janeiro e abril de 1858, cem mil pessoas foram salvas nestas reuniões de oração ao meio-dia” (O fogo do reavivamento).

  • Orlando Boyer:
“Depois de ele pregar em Governeur, no Estado de New York, não houve baile nem representação de teatro na cidade durante seis anos. Calcula-se que, durante os anos de 1857 e 1858, mais de 100 mil pessoas foram ganhas para Cristo pela obra direta e indireta de Finney. A sua autobiografia é o mais maravilhoso relato de manifestação do Espírito Santo, excetuando o livro de Atos dos Apóstolos. Alguns consideram o seu livro, "Teologia Sistemática", a maior obra sobre teologia, a não ser as Sagradas Escrituras”. (Boyer, Orlando - Heróis da fé, Cpad).


  • Billy Graham:
Cheios do Espírito, Francisco Asbury, Jorge Fox, Jônatas Edwards, Charles Finney e David Brainerd incendiaram os prados e montanhas da América do Norte com a chama da religião verdadeira (Grahan, Billy – O segredo da felicidade).

Em 1830 umas 30.000 pessoas se converteram em Rochester, estado de Nova Iorque, nas pregações de Charles Finney. Finney disse mais tarde que a causa foi a oração fiel de um homem que nunca vinha às reuniões, mas dedicava seu tempo à oração (Grahan, Billy, O poder do Esp Sto, VIDA NOVA, São Paulo, SP).

  • Jonathan Goforth:
No final do outono de 1905, um amigo da Índia, enviou-me um pequeno folheto que continha seleções dos livros: Memórias de Charles Finney e Palestras Sobre o Avivamento. Este último foi o que utilizei para que um grande fogo espiritual se acendesse no meu coração.

No princípio de 1907, um irmão missionário havia me emprestado a autobiografia completa de Finney, que li durante a minha viagem para participar numa intensa obra evangelística, que a nossa missão conduzia anualmente na feira de Hsun Hsien, que era grandemente idólatra. É impossível determinar tudo o que este livro significou para mim. Nós, os missionários, líamos diariamente uma porção, enquanto fazíamos o nosso trabalho na feira (Goforth, Jonathan - Um pentecostes pessoal).

  • T. L. Osborn:
A Igreja Primitiva praticara o evangelismo em massa, mas este foi sufocado até morrer durante a Era das Trevas... Mas foi redescoberto, e houve ressurgimentos repetidos sob a liderança de homens, tais como, Finney... (Osborn, T. L. – Ajunta-te a esta carruagem).

  • Oswald Smith:
Você sabe quantos membros de igrejas evangélicas havia nos Estados Unidos quando Charles G. Finney deu início ao seu grande trabalho de reavivamento? Eram duzentos mil. Pense nisso! Só duzentos mil membros de igrejas em toda a nação! Você sabe quantos membros havia quando ele terminou a sua tarefa, poucos anos mais tarde? Mais de três milhões. Sim, no decurso do ministério de um único homem, três milhões! Que tremendo milagre! (Smith, Oswald, Paixão pelas almas, vida, São Paulo, SP).

  • Kenneth Hagin:
Charles Finney foi o maior ganhador de almas e evangelista desde os dias do Novo Testamento (Haggin, Keneth - Os dons do ministério).

Charles G. Finney permanece como um dos maiores expoentes da evangelização desde os dias do apóstolo Paulo. To¬dos os teólogos e historiadores da igreja concordam que Finney teve maior sucesso pessoal como pregador do que qualquer outro desde os dias de Paulo. Além disso, nos avivamentos realizados por Finney, 80% dos convertidos continuavam firmes.

Qual era o segredo do sucesso de Finney? Ele mesmo conta: “Não há mais segredo ou mistério em ter um avivamento do que existe de misterioso em um fazendeiro fazer uma colheita. Se o agricultor preparou o solo, plantou a semente e confiou em Deus para a chuva, então, no tempo apropriado, haverá uma colheita (Hagin, Kenneth – o cristão que intercede, graça editorial, 1999, São Paulo, SP).

  • Gene Edwards:
Tem havido cerca de quatro pontos culminantes na história do evangelismo em massa: um nos tempos de Wesley; outro, sob Finney; depois sob Moody; e, finalmente, em nossos próprios dias, sob a liderança divina, nas campanhas de Billy Graham (Edwards, Gene – Assim uma Igreja conquista almas).

  • Benny Hinn:
Charles Finney, que foi um instrumento que ateou fogo em reavivamentos espirituais na América do Norte, era dotado de tal unção que a sua simples presença trazia uma nuvem de glória sobre toda uma área de uma cidade, quando ele falava. A glória de Deus chegava a ser sentida dentro e fora dos salões onde eram efetuadas as reuniões. Pessoas caíam sob o poder de Deus, chorando e implorando misericórdia. Por muitas vezes, meros passantes, quase todos sem nenhum interesse em Deus até àquele momento, caíam no chão, sob o poder espiritual e confessavam os seus pecados (Hinn, Benny – A unção).

  • Dallas Willard:
Finney tinha uma profunda compreensão teórica e prática de como a crença rege a ação e de como a verdade pode ser utilizada eficazmente para mudar a crença. E ele também entendia que essa obra só pode ser realizada para fins cristãos em cooperação com o espírito de Jesus (Willard, Dallas, Conspiração divina, Editora Mundo Cristão, São Paulo, SP).

  • Paul (David) Yonggi Cho:
Não há razão para que não ocorram milagres em nossas igrejas regularmente. Não há motivo para não haver pecadores sendo salvos pelo Espírito Santo. Ouvi contar certa vez sobre a passagem de Charles Finney pela pequena cidade de Houghton, no norte do estado de Nova Iorque. Uma cidadezinha comum, onde um dia, quando Finney passava por ali de trem, o Espírito Santo desceu sobre os não-convertidos. Alguns homens que estavam num bar, sentindo forte convicção de pecados operados pelo Espírito Santo, caíram de joelhos pedindo a Jesus Cristo que os salvasse. E se o Espírito Santo deu a Charles Finney um poder assim, será que não pode dar a nós também um ministério poderoso? Finney raramente falava sobre o segredo de seu poder. Entretanto, certo dia, um repórter resolveu vigiá-lo. Por fim, o jornalista teve que concluir que a origem do poder de Finney eram as longas horas que ele passava em oração (Cho, Paul (David) Yonggi, Oração – a chave do avivamento, Editora Betânia, Rio de Janeiro).

  • Tommy Tenney:
Meu desejo é ver uma explosão contagiante da presença de Deus, como aquela experimentada por Finney...

Pai, confessamos que queremos ver uma mudança em nossas vidas e em nossa igreja para que possamos trazer mudanças em nossa cidade....

Mostre Sua presença através de nossas vidas, assim como o Senhor fez através de Charles Finney, quando ele andava pelas fábricas e via trabalhadores dobrarem seus joelhos sob a Sua glória e clamarem por perdão, embora nenhuma palavra tenha sido dita ou pregada.

...Permita que estejamos de tal forma imbuídos de Sua presença, que as pessoas não consigam entrar em nossos lares ou permanecerem em nossa presença, sem que se arrependam de seus pecados. Que a Sua glória, Pai, traga convencimento em suas vidas e as conduza à salvação, não por causa de nossas palavras, mas por causa de Sua presença e poder em nossos corações (Tenney, Tommy - Os caçadores de Deus).


Próxima postagem: O Encontro de Charles Finney com Jesus


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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Espírito da verdade x espírito de sedução



Um estudo de Reinhard Bonnke

Charles Finney diz em seu relato acerca do seu batismo no Espírito Santo: “Ao entrar e fechar a porta parecia que eu havia encontrado o Senhor Jesus Cristo face a face. Nem na época, nem depois de um tempo, me passou pela cabeça que era totalmente um estado mental... Ele não disse nada, mas me olhou de tal maneira que me lançou diretamente ao seus pés… Eu cai aos seus pés e derramei a minha alma diante dele. Eu chorava alto como criança, confessando tudo o que podia em meu som de engasgado. Parecia que eu havia lavado os seus pés com minhas lágrimas...” .




Creio que esta descrição é uma característica de um encontro genuíno com o Espírito Santo… o nosso amor pelo Filho e nossa revelação dele crescerá e florescerá. O que devemos pensar de “avivamentos” e conferências onde há uma ênfase no Espírito Santo, mas nem sequer um reconhecimento minúsculo de Jesus? Alguns cantam canções acerca da glória, poder, unção, mas nunca falam de Jesus. Como é que isso pode acontecer? O Espírito Santo não vem falar acerca de si mesmo… Ele aponta para além de si, para outro: Jesus!



Em João 16:13,14 diz: “quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; PORQUE NÃO FALARÁ POR SI MESMO... ELE ME GLORIFICARÁ, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.”

É impossível ter um encontro genuíno com o Espírito Santo e não ter um encontro com Jesus. Se você já viu isso acontecer, muito cuidado, porque mesmo havendo muitos espíritos no mundo, há somente UM ESPÍRITO SANTO!



Em Gênesis capítulo 24, lemos a história de quando Abraão enviou o seu servo Eliezer para buscar uma esposa para o seu filho Isaque. Foi Eliezer que uniu Isaque a Rebeca, sua noiva. Nesta história vemos muitos simbolismos. Abraão simboliza Deus o Pai, Isaque simboliza Jesus, Eliezer simboliza o Espírito Santo e Rebeca simboliza a Igreja. Existem muitas verdades espirituais que podem ser extraídas desta história, mas há uma que ficou realçada para mim quando li recentemente esta passagem.



Apesar de Rebeca nunca ter visto Isaque, parecia que ela o amava muito. Ela escolheu deixar o seu pai, mãe e família para estar com ele. Imediatamente ao ver Isaque, ela saltou de seu camelo e foi ao seu encontro. Quando finalmente encontram-se face a face houve uma união instantânea entre eles. Não houve namoro, cortejo, acordos pré-nupciais ou organização… eles foram direto para a lua-de-mel.



Como é que Rebeca amou Isaque mesmo sem tê-lo visto antes? Eu acho que podemos culpar Eliezer por isso. Desde que ele encontrou Rebeca, começou a falar a respeito do seu mestre e se vangloriar dele dizendo a Rebeca quão maravilhoso ele era, quão bonito, educado e gentil. Durante toda a jornada de camelo de volta ao sul, Eliezer contou para Rebeca histórias sobre Isaque e o descreveu em detalhes. Rebeca ficou enfatuada com esse homem incrível e mal podia esperar para encontrá-lo. face a face.



“a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória …” (1Pedro 1:8)



No versículo 53 diz que Eliezer , “…e tirou jóias de ouro e de prata e vestidos e os deu a Rebeca.…” Estes presentes com os quais Eliezer presenteou abundantemente a Rebeca são simbolismos dos dons do Espírito Santo. Eles não eram provenientes de Eliezer, mas sim de Isaque e eram um sinal do amor de Isaque. É claro que eles também embelezaram Rebeca, mas o próposito maior era fazer com que Rebeca se apaixonasse ainda mais por seu noivo... e funcionou! Quando o Espírito Santo está movendo e os Dons do Espírito estão operando podemos esperar, com toda certeza, encontrar pessoas mais apaixonadas por Jesus.



Mas considere isso: e se Eliezer tivesse paquerado Rebeca e tentado atraí-la com seu próprio charme? E se Eliezer tivesse dado seus próprios presentes e contado histórias acerca de si mesmo a fim de conquistá-la? E se Rebeca tivesse se encantado e se apaixonado por Eliezer ao invés de Isaque? Ele teria sido um servo perverso, infiel e sedutor.



Paulo nos adverte que no final dos tempos haveria “espíritos sedutores” em ação. Um espírito sedutor é um espírito que busca tirar a atenção de Jesus para si mesmo. Em qualquer lugar onde as pessoas amam mais os dons mais do que o noivo existem espíritos sedutores operando. Onde quer que o pregador ou ministro esteja tentando usar a unção para atrair as pessoas para si mesmo, ele se iguala a um “padrinho” em um casamento tentando seduzir a noiva. Essa é uma perversão de alto escalão!



Não existe ilustração melhor do que a de Simão o Mágico. Em Atos 8 lemos que ele havia maravilhado, encantado e enfeitiçado as pessoas de Samaria com suas mágicas. Ele, então, ouviu Filipe pregar e tornou-se um cristão sendo até mesmo batizado. Pareceria para todos que sua vida de ocultismo e feitiçaria havia terminado. Entretanto, ao ver Pedro e João realizando sinais e maravilhas com grande poder, ele lembrou-se de como era quando as pessoas falavam dele antigamente dizendo: “Este homem (Simão) é o poder de Deus, chamado o Grande Poder”. (8:10).

Ele começou a cobiçar este poder e louvor que com que um dia se deleitou. Ele imaginou quanta glória a unção do Espírito Santo poderia trazê-lo e ofereceu dinheiro aos apóstolos dizendo: “Concedei-me também a mim este poder, para que aquele sobre quem eu impuser as mãos receba o Espírito Santo.” (8:19)



Ele queria usar o Espírito Santo para torná-lo mais atraente e seu negócio mais bem sucedido. Para ele, o poder do Espírito era uma commodity comercial a qual poderia ser comprada como um investimento. Ele teria prostituído a unção em favor de um ganho pessoal. Não é à toa que os apóstolos lidaram com ele de modo tão severo: “O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois julgaste adquirir, por meio dele, o dom de Deus”.



Um anel de brilhante no dedo de uma mulher pode embelezá-la, mas sua função nunca é atrair novos amantes. Pelo contrário, serve para informar a todos os outros possíveis candidatos daquele que a presenteou com o anel. O anel a faz atraente, mas aponta para o noivo. Do mesmo modo, o Espírito Santo vem para nos revelar Cristo, exaltá-lo e apontar para Ele. A unção pode ter um aroma delicioso e atrativo a todos ao nosso redor… pode até mesmo fazer com que nós “saiamos bem na foto”, mas a razão dela é sempre levar os homens a Cristo e não a nós mesmos. Quando as pessoas usam a unção para trazer glória a si mesmos, é feitiçaria, prostituição e sedução. Nestes últimos dias de derramamento poderoso do Espírito Santo, devemos nos guardar dos espíritos sedutores que buscam roubar o holofote de Cristo.



Sempre que Jesus não for o foco principal, a atração suprema, o maior fascínio, o prêmio que coroa e o desejo central... CUIDADO!!! O Espírito Santo não tem nada a ver com isso!



O Espírito Santo sempre falará de JESUS, revelará JESUS, exaltará JESUS, promoverá JESUS e magnificará JESUS... nada mais nada menos que JESUS!!!



“Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim;” (João 15:26



O TEXTO ACIMA TEM COMO FONTE:
http://www.bonnke.com.br/novo/index.php?option=com_content&view=article&id=164:espirito-da-verdade-x-espirito-de-seducao-estudo-biblico&catid=18:rotator

quinta-feira, 11 de março de 2010


BAIXE O NOVO TESTAMENTO MP3 GRÁTIS!

A SEPAL disponibilizou todo o Novo Testamento em MP3 para download gratuito. Agora você poderá ouví-lo no celular, no trabalho ou enquanto dirige.


O endereço é:

http://www.sepal.org.br/atm/index.php?PHPSESSID=hl6cddsmmdbapdvprjlifm8uf0&direction=0&order=&directory=Bíblia falada

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

COBERTURA ESPIRITUAL















Quando Abrão descia de Harã em direção ao sul de Canaã, levou consigo seus familiares, bens e uma promessa da parte de Deus: vou fazê-lo prosperar com o fim de torná-lo uma benção. Deus o escolheu como cabeça, não apenas de um povo, mas de muitas nações, e a primeira pessoa a entender isso na prática seria Ló, seu sobrinho, que seguiu sob sua autoridade.

Enquanto esteve com Abrão, Ló viu que a trajetória de descida para Canaã só levava o patriarca para mais alto, acrescentando-lhe dia-a-dia riquezas, permanecendo este debaixo da autoridade divina. Um dia, Ló se encontrava cansado da parceria com seu tio. Abrão viu o descontentamento do seu protegido e resolveu liberá-lo para ir embora se assim desejasse.

Ló escolheu rumar para o Leste e fixar morada na planície de Sodoma. Chega de ficar acampando nas encostas, ao lado de cidades pagãs. Porque não entrar e nelas habitar? Porque não pensar como um empreendedor de coragem? Isso aconteceu "antes de Deus haver destruido Sodoma e gomorra" (Gn 13.10).

Assim que Ló se retirou, Deus ordenou que Abrão, dali mesmo onde estava, olhasse para o norte e para o sul, para o leste e para o oeste. Agora vá Abraão. O quanto você possa percorrer, te darei. O homem, sob a cobertura divina, percorreu toda a terra e a tomou como herança pela fé.

Ló foi para a sodoma, afligiu sua alma diante do pecado de seus moradores, tornou-se prisioneiro, perdeu seus bens, a esposa e, morando em uma buraco, foi terrivelmente envergonhado por suas filhas. Delas surgiram duas das nações que mais afligiram Israel, Amom e Moabe (19.30-38).

Abrão permaneceu sob a cobertura do Senhor, contando com Sua amizade, tornando-se uma poderosa nação, benção para toda a terra. Foi sobre ele que Deus afirmou “Porque eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do SENHOR e pratiquem a justiça e o juízo; para que o SENHOR faça vir sobre Abraão o que tem falado a seu respeito (Gn 18.19).

Ló era um justo (2 Pedro 2:7) que fez uma escolha errada. Abrão era um justo que fez a escolha certa.

Há princípios que podem influenciar poderosamente o futuro de indivíduos e até nações. No caso que examinamos, dois homens justos tiveram seus caminhos afetados por suas escolhas com relação à cobertura espiritual. Abrão perseverou na dependencia das instruções divinas, enquanto Ló trocou a hospitalidade de seu abençoado tio pelas possibilidades de uma cidade cujo rei nem a si mesmo podia se defender.

E você, sob que cobertura tem permanecido até aqui?

Quer um conselho? Cultive o prazer de repousar à sombra do Carvalho de Moré em Siquem, acampe na encosta de Betel e - aonde quer que esta aventura o leve - permaneça no centro da vontade de Deus, sob a cobertura de alguém que Deus escolheu para lhe proteger.

...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

AS SANDÁLIAS DA REJEIÇÃO


Naquele cesto improvisado de junco deslizava pelo Nilo o futuro de Israel. O bebê tinha pulmõesinhos fortes, a julgar pelo choro que não queria parar. Talvez nem fosse isso. É possível que um certo sentimento de rejeição fosse o ímpeto que lhe inspirava aquele insistente lamento.

Moisés foi colhido do rio, mas não eram os braços de sua mãe que o aqueciam agora. Foi levado para o meio de um povo. Mas era outro povo, não o seu. Aquela, definitivamente, não parecia em nada com a sua casa. Era um hebreu numa casa de egípcios.

À medida que o jovenzinho se formava, seu coração buscava em vão sentido para toda aquela inconsistência. Seu intelecto absorvia uma cultura que a sua língua com hesitação conseguia expressar. Um menino gago e tímido crescia vendo seu povo sob o chicote dos egípcios. E, afinal de contas, a qual povo Moisés pertencia? E como aceitar-se a si mesmo se nem conseguia definir com certeza quem era? Um príncipe-escravo, servo de pais egípcios ou um filho da sua própria serva. Era muita confusão pra a sua cabeça.

Um dia viu um soldado oprimindo um hebreu. Seu coração teve um vislumbre daquilo que poderia devolver-lhe a vida que deixara quando bebê naquele cesto de Junco. Ei! O que estou fazendo. Eu pertenço a essa nação. Eu sou hebreu, não egípcio! E, antes que pensasse, sua adaga rapidamente definiu a trajetória do confronto. Moisés matou o egípcio deixando nascer em si o libertador de toda uma nação.

Mas não é todo dia que um libertador fica impune. Não precisou muito tempo para descobrir que, em vez de pertencer aos dois povos, agora já não pertencia a mais nenhum. A ninguém mais  senão à rejeição do deserto. Mas ele já conhecia aquele caminho muito bem. Providenciou então uma vara, calçou as sandálias e foi.

Deus então o encontrou.

O primeiro sinal de Deus no deserto não foi a sarça a arder. Foi Zípora. Por ela Deus dizia: Moisés eu quero que você saiba que uma pessoa muito especial o ama.

O segundo sinal foi Jetro. Posso imaginar o sogro de Moisés com um olhar profundo e intimidador: estou lhe confiando um grande tesouro. Sei que você é capaz de zelar por ele.

O terceiro sinal de Deus foi a sarça. Este queimou o coração de Moisés, embora não tenha consumido a rejeição que lhe doía o peito. A voz veio de dentro da sarça: Moisés, você é necessário. Sua vida tem um sentido. Pessoas precisam de você. Tudo o que precisa agora é se livrar dessas sandálias pois você está entrando num terreno de cura e libertação. Deixe o pó da estrada para trás.

A conversa deve ter sido longa. Moisés passou um tempo explicando a Deus porque não se sentia adequado para aquela missão. Definitivamente, aquele não era o homem certo. Mas, como sempre, seus argumentos se mostraram insuficientes. Ele teve que ceder.

Quando o fogo do encontro apagou, Moisés pegou a vara, calçou as sandálias e foi.

Continua...

sábado, 13 de fevereiro de 2010

ÁGUAS MAIS PROFUNDAS



O Espírito Santo tem nos chamado a um envolvimento maior, uma espiritualidade renovada, um total abandono de nossas vidas ao seu derramar.


Este blog é fruto de oração, estudo e discernimento da vontade do Senhor. Não desejo ficar à margem, observando como é belo o correr do rio. Eu já entrei nele. Agora ele faz parte de mim. Meu anseio é nele desaparecer e só restar o fluir conturbado e sereno dos incessantes turbilhões do seu amor.


Sei o que vem por aí, e é algo grande demais para se entender ou descrever. Muros vão cair, placas serão levadas pela enchurrada, bandeiras vão ser dilaceradas pelo vento.


Sim, o vento! Junto com as águas virá um impetuoso vendaval. Muito mais intenso que a simples brisa que sopra no rosto de quem escolher `permanecer à margem do rio.


Que você está fazendo aí? Entre nesse rio comigo. Vem!