segunda-feira, 10 de maio de 2010

O maior evangelista desde Paulo





Certamente, você já ouviu falar de Charles Finney, o grande avivalista americano que lutou pelo abolicionismo, pela participação feminina no ministério cristão e foi o instrumento de Deus para a conversão de cidades inteiras para Cristo em seu tempo.

Antes dele, o evangelho era pregado com um certo tom fatalista: se você for um escolhido se converterá. Se não, azar o seu. O espírito do ultra-calvinismo fazia as pessoas imaginarem um Deus arbitrário em sua soberania, capaz de lançar multidões ao inferno somente porque desejou fazê-lo.

Depois de Finney, a pregação do evangelho passou por uma verdadeira reforma, resultando em ondas contínuas de conversões que espraiam em nossos dias e ainda tendem a se derramar por muito tempo.

Fico espantado com os resultados colhidos por esse pai de família sem recursos financeiros, que trocou a carreira de advogado pelo oficio de pregador da palavra. Sem recursos modernos tais como microfones e outros aparelhos eletrônicos, ele conduziu centenas de milhares de pessoas a Cristo, observando entre os novos convertidos um percentual de permanência jamais antes alcançado.

A maior parte dos seus trabalho se encontra hoje em inglês, contudo já há um movimento, ainda que tímido, no sentido de traduzí-los para a língua portuguesa. Em 2002 estive em Curitiba, na casa de um amigo, o irmão Ale, que traduziu um número considerável de suas obras e as enviou para o site http://www.gospeltruth.net/. Inspirado por sua dedicação resolvi ajudar a divulgar os trabalhos de Finney e realizei uma modesta pesquisa, que publicarei neste blog a partir de hoje.

Você vai descobrir que devemos muito a esse instrumento de Deus. Vale a pena rever muitos dos nossos conceitos e práticas à luz de seus ensinamentos iluminados pelo Espírito Santo de Deus.


TESTEMUNHOS ACERCA DE FINNEY

Registrarei a seguir o depoimento de pessoas destacadas na pregação do Evangelho: Halley, Wesley Duewell, Myer Pearlman, Orlando Boyer, Billy Graham, Jonathan Goforth, T. L. Osborn, Oswald Smith, Kenneth Hagin, Gene Edwards, Benny Hinn, Tommy Tenney, Dallas Willard e Paul (David) Yonggi Cho.


  • Myer Pearlman:
Quando Finney ministrava em uma comunidade onde a graça de Deus havia recebido excessiva ênfase, ele acentuava muito a responsabilidade do homem. Quando dirigia trabalhos em localidades onde a responsabilidade humana e as obras haviam sido fortemente defendidas, ele acentuava a graça de Deus. (Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, cap XIII, Editora vida, 2006, São Paulo, SP.)

  • Halley:
Na América do Norte, O Segundo Grande Avivamento (1800-1861) foi uma resposta ao racionalismo e à industrialização. As pregações reavivalistas e a piedade pessoal grassavam no novo pais. Quase todas as denominações se reuniam em acampamentos e as conversões ocorriam aos milhares. Os acampamentos tornaram-se lugares permanentes de culto e depois em centros de conferencias bíblicas, alguns dos quais existem até hoje. Charles Finney foi o evangelista de maior destaque naqueles tempos. Ele mudou a forma de evangelização, adaptando-a ao ministério urbano. Mais tarde, no mesmo seculo, Dwight L. Moody espregaria as técnicas de avivamento de Finney e acrescentaria a colportagem (distribuição de literatu¬ra de porta em porta) e a fundação de varias instituições educacionais, das quais a mais conhecida e Instituto Bíblico Moody em Chicago (Manual Bíblico de Halley, Vida, 2001).


  • Wesley Duewell:
“Finney foi instrumental no grande avivamento de 1857 a 1858 dos 'grupos de oração', que espalhou-se por dez mil cidades e municípios, resultando na conversão de pelo menos um milhão de pessoas. Somente entre janeiro e abril de 1858, cem mil pessoas foram salvas nestas reuniões de oração ao meio-dia” (O fogo do reavivamento).

  • Orlando Boyer:
“Depois de ele pregar em Governeur, no Estado de New York, não houve baile nem representação de teatro na cidade durante seis anos. Calcula-se que, durante os anos de 1857 e 1858, mais de 100 mil pessoas foram ganhas para Cristo pela obra direta e indireta de Finney. A sua autobiografia é o mais maravilhoso relato de manifestação do Espírito Santo, excetuando o livro de Atos dos Apóstolos. Alguns consideram o seu livro, "Teologia Sistemática", a maior obra sobre teologia, a não ser as Sagradas Escrituras”. (Boyer, Orlando - Heróis da fé, Cpad).


  • Billy Graham:
Cheios do Espírito, Francisco Asbury, Jorge Fox, Jônatas Edwards, Charles Finney e David Brainerd incendiaram os prados e montanhas da América do Norte com a chama da religião verdadeira (Grahan, Billy – O segredo da felicidade).

Em 1830 umas 30.000 pessoas se converteram em Rochester, estado de Nova Iorque, nas pregações de Charles Finney. Finney disse mais tarde que a causa foi a oração fiel de um homem que nunca vinha às reuniões, mas dedicava seu tempo à oração (Grahan, Billy, O poder do Esp Sto, VIDA NOVA, São Paulo, SP).

  • Jonathan Goforth:
No final do outono de 1905, um amigo da Índia, enviou-me um pequeno folheto que continha seleções dos livros: Memórias de Charles Finney e Palestras Sobre o Avivamento. Este último foi o que utilizei para que um grande fogo espiritual se acendesse no meu coração.

No princípio de 1907, um irmão missionário havia me emprestado a autobiografia completa de Finney, que li durante a minha viagem para participar numa intensa obra evangelística, que a nossa missão conduzia anualmente na feira de Hsun Hsien, que era grandemente idólatra. É impossível determinar tudo o que este livro significou para mim. Nós, os missionários, líamos diariamente uma porção, enquanto fazíamos o nosso trabalho na feira (Goforth, Jonathan - Um pentecostes pessoal).

  • T. L. Osborn:
A Igreja Primitiva praticara o evangelismo em massa, mas este foi sufocado até morrer durante a Era das Trevas... Mas foi redescoberto, e houve ressurgimentos repetidos sob a liderança de homens, tais como, Finney... (Osborn, T. L. – Ajunta-te a esta carruagem).

  • Oswald Smith:
Você sabe quantos membros de igrejas evangélicas havia nos Estados Unidos quando Charles G. Finney deu início ao seu grande trabalho de reavivamento? Eram duzentos mil. Pense nisso! Só duzentos mil membros de igrejas em toda a nação! Você sabe quantos membros havia quando ele terminou a sua tarefa, poucos anos mais tarde? Mais de três milhões. Sim, no decurso do ministério de um único homem, três milhões! Que tremendo milagre! (Smith, Oswald, Paixão pelas almas, vida, São Paulo, SP).

  • Kenneth Hagin:
Charles Finney foi o maior ganhador de almas e evangelista desde os dias do Novo Testamento (Haggin, Keneth - Os dons do ministério).

Charles G. Finney permanece como um dos maiores expoentes da evangelização desde os dias do apóstolo Paulo. To¬dos os teólogos e historiadores da igreja concordam que Finney teve maior sucesso pessoal como pregador do que qualquer outro desde os dias de Paulo. Além disso, nos avivamentos realizados por Finney, 80% dos convertidos continuavam firmes.

Qual era o segredo do sucesso de Finney? Ele mesmo conta: “Não há mais segredo ou mistério em ter um avivamento do que existe de misterioso em um fazendeiro fazer uma colheita. Se o agricultor preparou o solo, plantou a semente e confiou em Deus para a chuva, então, no tempo apropriado, haverá uma colheita (Hagin, Kenneth – o cristão que intercede, graça editorial, 1999, São Paulo, SP).

  • Gene Edwards:
Tem havido cerca de quatro pontos culminantes na história do evangelismo em massa: um nos tempos de Wesley; outro, sob Finney; depois sob Moody; e, finalmente, em nossos próprios dias, sob a liderança divina, nas campanhas de Billy Graham (Edwards, Gene – Assim uma Igreja conquista almas).

  • Benny Hinn:
Charles Finney, que foi um instrumento que ateou fogo em reavivamentos espirituais na América do Norte, era dotado de tal unção que a sua simples presença trazia uma nuvem de glória sobre toda uma área de uma cidade, quando ele falava. A glória de Deus chegava a ser sentida dentro e fora dos salões onde eram efetuadas as reuniões. Pessoas caíam sob o poder de Deus, chorando e implorando misericórdia. Por muitas vezes, meros passantes, quase todos sem nenhum interesse em Deus até àquele momento, caíam no chão, sob o poder espiritual e confessavam os seus pecados (Hinn, Benny – A unção).

  • Dallas Willard:
Finney tinha uma profunda compreensão teórica e prática de como a crença rege a ação e de como a verdade pode ser utilizada eficazmente para mudar a crença. E ele também entendia que essa obra só pode ser realizada para fins cristãos em cooperação com o espírito de Jesus (Willard, Dallas, Conspiração divina, Editora Mundo Cristão, São Paulo, SP).

  • Paul (David) Yonggi Cho:
Não há razão para que não ocorram milagres em nossas igrejas regularmente. Não há motivo para não haver pecadores sendo salvos pelo Espírito Santo. Ouvi contar certa vez sobre a passagem de Charles Finney pela pequena cidade de Houghton, no norte do estado de Nova Iorque. Uma cidadezinha comum, onde um dia, quando Finney passava por ali de trem, o Espírito Santo desceu sobre os não-convertidos. Alguns homens que estavam num bar, sentindo forte convicção de pecados operados pelo Espírito Santo, caíram de joelhos pedindo a Jesus Cristo que os salvasse. E se o Espírito Santo deu a Charles Finney um poder assim, será que não pode dar a nós também um ministério poderoso? Finney raramente falava sobre o segredo de seu poder. Entretanto, certo dia, um repórter resolveu vigiá-lo. Por fim, o jornalista teve que concluir que a origem do poder de Finney eram as longas horas que ele passava em oração (Cho, Paul (David) Yonggi, Oração – a chave do avivamento, Editora Betânia, Rio de Janeiro).

  • Tommy Tenney:
Meu desejo é ver uma explosão contagiante da presença de Deus, como aquela experimentada por Finney...

Pai, confessamos que queremos ver uma mudança em nossas vidas e em nossa igreja para que possamos trazer mudanças em nossa cidade....

Mostre Sua presença através de nossas vidas, assim como o Senhor fez através de Charles Finney, quando ele andava pelas fábricas e via trabalhadores dobrarem seus joelhos sob a Sua glória e clamarem por perdão, embora nenhuma palavra tenha sido dita ou pregada.

...Permita que estejamos de tal forma imbuídos de Sua presença, que as pessoas não consigam entrar em nossos lares ou permanecerem em nossa presença, sem que se arrependam de seus pecados. Que a Sua glória, Pai, traga convencimento em suas vidas e as conduza à salvação, não por causa de nossas palavras, mas por causa de Sua presença e poder em nossos corações (Tenney, Tommy - Os caçadores de Deus).


Próxima postagem: O Encontro de Charles Finney com Jesus


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2 comentários:

  1. Afinal de contas Finney falava ou não em línguas. Ao receber o batismo, segundo algumas biografias, ele não descreve tal experiência.

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  2. Não tenho informações de que Finney tenha falado em línguas.

    É inegável que ele tenha sido batizado com o Espírito Santo. Os frutos que se seguiram o provam facilmente.

    Como a ortodoxia pentecostal não aceita o batismo do Espírito Santo sem as línguas, seus defensores deduzem com prontidão que esse sinal tenha ocorrido na experiência do evangelista.

    Já os pentecostais progressistas e crentes oriundos de igrejas históricas renovadas não têm dificuldades com isso. Se Finney falou ou não em línguas não é relevante para eles, desde que o poder do Espírito Santo tenha corroborado a partir de então a sua experiência com frutos.

    Se alguém tiver alguma referência bibliográfica que relate algo a respeito, tem toda permissão de postar aqui. Isso só enriqueceria nossos conhecimentos.

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