sexta-feira, 6 de agosto de 2010
COMO CHARLES FINNEY FOI CHAMADO POR DEUS
Por
F. Alencar
"Na manhã em que vivi as experiências que acabo de narrar, desci para o escritório e ali estava recebendo a renovação daquelas ondas poderosas de amor e salvação fluindo sobre mim, quando o dr. Wright entrou na sala. Falei-lhe sobre sua salvação. Não me recordo do que disse. Sei apenas que foram poucas palavras. Ele olhou para mim, atônito, mas não me respondeu nada de que possa me lembrar. Curvou a cabeça e, depois de ficar parado alguns momentos, saiu do escritório. Na ocasião, não pensei mais no assunto, mas depois fiquei sábendo que o que lhe dissera penetrara como uma espada em seu coração e em sua mente de tal forma, que ele não se recuperou daquele estado de comoção até se converter.
Pouco depois de o dr. Wright sair do escritório, o diácono Barney entrou e me disse: - Sr. Finney, está lembrado de que minha causa será julgada às dez horas da manhã? Suponho que esteja pronto para acompanhar-me. Como advogado, tinha uma procuração para defender sua causa.
Contei-lhe, em poucas palavras, que me alistara na causa de Cristo. Revelei-lhe que havia recebido, da parte do Senhor Jesus Cristo, uma convocação para defender a causa divina. Assim, o diácono precisaria procurar outra pessoa que pudesse ser seu advogado. Eu não poderia defender sua causa.
Barney abaixou a cabeça e saiu sem responder. Pouco tempo depois, ao passar perto da janela, vi que o diácono estava em pé, na rua, como que em profunda meditação. Fiquei sabendo mais tarde que ele conseguira firmar um acordo extrajudicial amigável. Depois disso, foi se dedicar à oração. E não demorou a alcançar em sua vida espiritual um estado a que jamais havia chegado.
Resolvi sair do escritório para dar uma volta em busca de pessoas a quem pudesse falar sobre sua alma. Dentro de mim, começou a se desenvOlver um sentimento que nunca mais me abandonou: Deus queria que eu pregasse o evangelho, e eu deveria começar a cumprir essa tarefa imediatamente. De alguma forma, parecia que eu já sabia disso. Se você me perguntar como eu linha conhecimento desse chamado, não poderei responder. Não saberia explicar, como também não posso entender ou justificar como eu sabia que aquilo que recebera se tratava do amor de Deus e do batismo com o Espírito Santo. Mas eu o sabia, sem sombra de dúvida. Do mesmo modo, parecia saber que o Senhor me comissionara para pregar o evangelho.
...depois de receber o batismo com o Espírito, eu desejava pregar o evangelho. Mais que isso, não tinha disposição para fazer outra coisa. Já não tinha o mínimo desejo de exercer a advocacia. Tudo quanto existia no ramo parecia fechado para mim, nada me atraía. Descobri que minha mente estava totalmente transformada e que uma revolução total ocorrera dentro de mim. Não tinha mais disposição para ganhar dinheiro. Não sentia fome nem sede pelos prazeres e diversões mundanos, quaisquer que fossem eles. Minha mente estava ocupada inteiramente com Jesus Cristo e com a salvação que nele eu encontrara. O mundo parecia ter pouca importância para mim. Nada se comparava ao valor das almas, pensava. Nenhum esforço poderia dar tanta satisfação e nehum prazer poderia ser tão grande quanto o de me ocupar em apresentar Cristo a um mundo que estava morrendo."
Fonte: Rossel, Garth e R. Dupuis, Memórias originais de Charles Finney, Ed. Vida, 2006, S. Paulo.
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