quarta-feira, 18 de agosto de 2010
A ÚLTIMA PREGAÇÃO CHARLES FINNEY
Por
F. Alencar
"Finney continuou a inspirar os estudantes da Faculdade de Oberlin (Da qual fora fundador e reitor) até a idade de 82 anos.
Já no fim da vida, permanecia tão lúcido de mente como quando jovem e sua vida nunca foi tão rica no fruto do Espírito e na beleza da sua santidade do que nesses últimos anos.
No domingo, 16 de agosto de 1875, pregou seu último sermão. Mas não assistiu ao culto da noite. Ao ouvir os crentes cantarem "Jesus lover of my soul, let me to Thy bosom fly", saiu até o portão na frente da casa, e com estes que tanto amava, foi a última vez que cantou na terra.
...antes de amanhecer o dia, dormiu na terra para acordar na Glória, nos céus. Faltavam-lhe apenas treze dias para completar 83 anos de vida aqui na terra".
Fonte: Boyer, Orlando S., Heróis da fé, CPAD – Casa Publicadora das Assembléias de Deus, Rio de Janeiro, RJ.
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domingo, 15 de agosto de 2010
CHARLES FINNEY - RESULTADOS DE UM MINISTÉRIO AVIVADO
Por
F. Alencar
"...mais de 85 pessoas de cada 100 que se convertiam sob a pregação de Finney, permaneciam fiéis a Deus; enquanto 75 pessoas de cada cem, das que professaram conversão nos cultos de algum dos maiores pregadores, se desviavam. Parece que Finney tinha o poder de impressionar a consciência dos homens, sobre a necessidade de um viver santo, de tal maneira que produzia fruto mais permanente." (Deeper Experiences of Famous Christians, p. 243.) [1]
"Por volta de 1830, segundo cálculos do Dr. Henry Ward Beecher, pelo menos 100.000 pessoas foram convertidas em um ano e se filiaram a igrejas, através dos reavivamentos relacionados com Finney e de sua influência na expansão do evangelho. Esta foi provavelmente a maior colheita desde o Pentecostes.
Em 1849 Deus começou a usar Finney para um reavivamento em Londres. Em certas ocasiões, de 1.500 a 2.000 pessoas respondiam ao convite para receber Cristo. Dez anos mais tarde contaram a ele que os convertidos daqueles anos continuavam firmes.
O maior reavivamento que varreu a América em 1858-59 foi algumas vezes chamado de reavivamento das reuniões unificadas de oração. O Dr. Lyman Beecher chamou-o de "o maior reavivamento que o mundo já viu", com pelo menos 600.000 conversões. Ele foi considerado um resultado direto do ministério de Finney durante os anos anteriores, embora ele não estivesse, em geral, presente.
O bispo W. A. Candler afirmou que pelo menos um milhão de pessoas foram convertidas neste reavivamento. O Dr. J. Edwin Orr, historiador de reavivamentos cristãos, concorda com o bispo.
A permanência dos resultados do ministério de Finney foi destacada. Após o reavivamento em Gouverneur, Nova Iorque, foi dito que durante seis meses não houve danças nem espetáculos teatrais. Uma pesquisa cuidadosa mostrou que 85% dos convertidos nas reuniões de Finney permaneceram firmes no Senhor. Até mesmo o ministério de evangelistas como Moody mostrou uma permanência de apenas 30%. Não existe substituto para o poder do Senhor como o manifestado na vida e ministério de Finney.
Fontes: Deeper Experiences of Famous Christians, p. 243.; Duewel, Wesley L., Em chamas para Deus, páginas 61 e 62, Candeia, 1996, São Paulo, SP.
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quinta-feira, 12 de agosto de 2010
OS MÉTODOS USADOS POR CHARLES FINNEY
Por
F. Alencar
"Dei grande ênfase à oração como indispensável, se realmente queríamos um avivamento. Esforçava-me por ensinar a propiciação de Jesus Cristo, sua divindade, sua missão divina, sua vida perfeita, sua morte vicária, sua ressurreição, a necessidade de arrependimento e de fé, a justificação pela fé, e outras doutrinas que se tornaram vivas pelo poder do Espírito Santo.
"Os meios empregados eram simplesmente pregação, cultos de oração, muita oração em secreto, intensivo evangelismo pessoal e cultos para a instrução dos interessados.
"Eu tinha o costume de passar muito tempo orando; acho que, às vezes, orava realmente sem cessar. Achei, também, grande proveito em observar freqüentemente dias inteiros de jejum em secreto. Em tais dias, para ficar inteiramente sozinho com Deus, eu entrava na mata, ou me fechava dentro do templo..."
"Se eu não tivesse o espírito de oração, não alcançaria coisa alguma. Se por um dia, ou por uma hora eu perdesse o espírito de graça e de súplica, não poderia pregar com poder e fruto, e nem ganhar almas pessoalmente."
Fonte: Rossel, Garth e R. Dupuis, Memórias originais de Charles Finney, Ed. Vida, 2006, S. Paulo.
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terça-feira, 10 de agosto de 2010
OS PRIMEIROS OPOSITORES DE CHARLES FINNEY
Por
F. Alencar
Apesar do grande êxito como evangelista e do inquestionável testemunho como servo de Deus, Finney angariou o ciúme de muitos líderes de sua época. Tanto de calvinistas quanto de ateus e adeptos do universalismo.
Dentre os opositores encontrava-se o então famoso evangelista Asahel Netleton, que destacou-se mais por sua oposição extremada a Finney que por seus resultados ministeriais. Outro opositor de peso foi o dr. Lyman Beecher. Este, mais tarde, veio a tornar-se um dos mais ilustres cooperadores de Finney.
Dentre as acusações levantadas contra o avivalista pesava o fato de que o mesmo usava expressões e ilustrações muito próprias às pessoas do povo. Seus sermões "manchavam a dignidade do púlpito".
Muitas de suas afirmações doutrinárias eram distorcidas e divulgadas desta forma por meio de panfletos e cartas anônimas. Uma das acusações preferidas de seus opositores era a de que Finney constantemente lançava mão de "estranhos métodos" com o objetivo de provocar reações puramente emocionais.
A tudo isso o avivalista respondia com jejuns, orações e uma redobrada dedicação à tarefa de resgatar as almas perdidas das mãos do diabo.
Fonte: Rossel, Garth e R. Dupuis, Memórias originais de Charles Finney, Ed. Vida, 2006, S. Paulo.
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domingo, 8 de agosto de 2010
CHARLES FINNEY - UM TÍPICO CASO DE AVIVAMENTO
Por
F. Alencar
"...Ao chegar, na hora anunciada para iniciar o culto, achei o prédio da escola repleto e tinha de ficar em pé perto da entrada. Cantamos um hino, isto é, o povo pretendia cantar. Entretanto, eles não tinham o costume de cantar os hinos de Deus, e cada um desentoava à sua própria maneira. Não podia conter-me e lancei-me de joelhos e comecei a orar. O Senhor abriu as janelas dos céus, derramou o espírito de oração e entreguei-me de toda a alma a orar.
"Não escolhera um texto, mas logo ao levantar-me dos joelhos, eu disse: Levantai-vos, saí deste lugar, porque o Senhor há de destruir a cidade . Acrescentei que havia dois homens, um se chamava Abraão, e outro, Ló... Contei-lhes como Ló se mudara para Sodoma... O lugar era excessivamente corrupto... Deus resolveu destruir a cidade e Abraão orou por Sodoma. Mas os anjos acharam somente um justo lá, era Ló. Os anjos disseram: 'Tens alguém mais aqui? Teu genro, e teus filhos, e tuas filhas, e todos quantos tens nesta cidade, tira-os fora deste lugar; porque nós vamos destruir este lugar, porque o seu clamor tem engrossado diante da face do Senhor, e o Senhor nos enviou a destruí-lo'.
"Ao relatar estas coisas, os ouvintes se mostraram irados a ponto de desejarem me açoitar. Nessa altura, deixei de pregar e lhes expliquei que compreendera que nunca se realizara culto ali e que eu tinha o direito de, assim, considerá-los corruptos. Salientei isso com mais e mais ênfase e, com o coração cheio de amor até não poder mais conter-me.
"Depois de eu assim falar cerca de quinze minutos, parecia cair sobre os ouvintes uma tremenda solenidade e começaram a cair ao chão, clamando e pedindo misericórdia. Se eu tivesse tido uma espada em cada mão, não os poderia derrubar tão depressa como caíram. De fato, dois minutos depois de os ouvintes sentirem o choque do Espírito vir sobre eles, quase todos estavam ou caídos de joelhos ou prostrados no chão. Todos os que podiam falar de qualquer maneira, oravam por si mesmos.
"Tive de deixar de pregar, porque os ouvintes não prestavam mais atenção. Vi o ancião que me convidara para pregar, sentado no meio do salão, olhando em redor, estupefato. Gritei bem alto para ele ouvir, apesar da balbúrdia, pedindo-lhe que orasse. Caiu de joelhos e começou a orar em voz retumbante; mas o povo não prestou atenção. Gritei: Vós não estais ainda no Inferno; quero dirigir-vos a Cristo. O coração transbordava de gozo ao presenciar tal cena. Quando pude dominar os meus sentimentos, virei-me para um rapaz que estava perto de mim, consegui atrair a sua atenção e preguei Cristo, em voz bem alta, ao seu ouvido. Logo, ao olhar para a 'cruz' de Cristo, ele acalmou-se por um pouco e então rompeu em oração pelos outros. Depois fiz o mesmo com um outro; depois com mais outro e continuei assim tratando com eles até a hora do culto da noite, na aldeia. Deixei o ancião que me convidara a pregar, para continuar a obra com os que oravam.
"Ao voltar, havia tantos clamando a Deus que não podemos encerrar a reunião, que continuou o resto da noite. Ao amanhecer o dia, alguns ainda permaneciam com a alma ferida. Não se podiam levantar e, para dar lugar às aulas, foi necessário levá-los a uma residência não muito distante. De tarde mandaram chamar-me porque ainda não findara o culto.
"Só nesta ocasião cheguei a saber a razão de o auditório agastar-se da mensagem. Aquele lugar era apelidado de 'Sodoma' e havia somente um homem piedoso lá a quem o povo chamava de 'Ló'. Era o ancião que me convidara a pregar."
"Embora esse avivamento caísse tão repentinamente sobre eles, era tão tremendo que as conversões eram profundas e a obra permanente e genuína."
FONTE: Rossel, Garth e R. Dupuis, Memórias originais de Charles Finney, Ed. Vida, 2006, S. Paulo.
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sexta-feira, 6 de agosto de 2010
COMO CHARLES FINNEY FOI CHAMADO POR DEUS
Por
F. Alencar
"Na manhã em que vivi as experiências que acabo de narrar, desci para o escritório e ali estava recebendo a renovação daquelas ondas poderosas de amor e salvação fluindo sobre mim, quando o dr. Wright entrou na sala. Falei-lhe sobre sua salvação. Não me recordo do que disse. Sei apenas que foram poucas palavras. Ele olhou para mim, atônito, mas não me respondeu nada de que possa me lembrar. Curvou a cabeça e, depois de ficar parado alguns momentos, saiu do escritório. Na ocasião, não pensei mais no assunto, mas depois fiquei sábendo que o que lhe dissera penetrara como uma espada em seu coração e em sua mente de tal forma, que ele não se recuperou daquele estado de comoção até se converter.
Pouco depois de o dr. Wright sair do escritório, o diácono Barney entrou e me disse: - Sr. Finney, está lembrado de que minha causa será julgada às dez horas da manhã? Suponho que esteja pronto para acompanhar-me. Como advogado, tinha uma procuração para defender sua causa.
Contei-lhe, em poucas palavras, que me alistara na causa de Cristo. Revelei-lhe que havia recebido, da parte do Senhor Jesus Cristo, uma convocação para defender a causa divina. Assim, o diácono precisaria procurar outra pessoa que pudesse ser seu advogado. Eu não poderia defender sua causa.
Barney abaixou a cabeça e saiu sem responder. Pouco tempo depois, ao passar perto da janela, vi que o diácono estava em pé, na rua, como que em profunda meditação. Fiquei sabendo mais tarde que ele conseguira firmar um acordo extrajudicial amigável. Depois disso, foi se dedicar à oração. E não demorou a alcançar em sua vida espiritual um estado a que jamais havia chegado.
Resolvi sair do escritório para dar uma volta em busca de pessoas a quem pudesse falar sobre sua alma. Dentro de mim, começou a se desenvOlver um sentimento que nunca mais me abandonou: Deus queria que eu pregasse o evangelho, e eu deveria começar a cumprir essa tarefa imediatamente. De alguma forma, parecia que eu já sabia disso. Se você me perguntar como eu linha conhecimento desse chamado, não poderei responder. Não saberia explicar, como também não posso entender ou justificar como eu sabia que aquilo que recebera se tratava do amor de Deus e do batismo com o Espírito Santo. Mas eu o sabia, sem sombra de dúvida. Do mesmo modo, parecia saber que o Senhor me comissionara para pregar o evangelho.
...depois de receber o batismo com o Espírito, eu desejava pregar o evangelho. Mais que isso, não tinha disposição para fazer outra coisa. Já não tinha o mínimo desejo de exercer a advocacia. Tudo quanto existia no ramo parecia fechado para mim, nada me atraía. Descobri que minha mente estava totalmente transformada e que uma revolução total ocorrera dentro de mim. Não tinha mais disposição para ganhar dinheiro. Não sentia fome nem sede pelos prazeres e diversões mundanos, quaisquer que fossem eles. Minha mente estava ocupada inteiramente com Jesus Cristo e com a salvação que nele eu encontrara. O mundo parecia ter pouca importância para mim. Nada se comparava ao valor das almas, pensava. Nenhum esforço poderia dar tanta satisfação e nehum prazer poderia ser tão grande quanto o de me ocupar em apresentar Cristo a um mundo que estava morrendo."
Fonte: Rossel, Garth e R. Dupuis, Memórias originais de Charles Finney, Ed. Vida, 2006, S. Paulo.
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quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Charles Finney é Batizado no Espírito Santo
Por
F. Alencar
"Ao entrar e fechar a porta atrás de mim, parecia-me ter encontrado o Senhor Jesus Cristo face a face. Não me entrou na mente, na ocasião, nem por algum tempo depois, que era apenas uma concepção mental. Ao contrário, parecia-me que eu o encontrara como encontro qualquer pessoa. Ele não disse coisa alguma, mas olhou para mim de tal forma, que fiquei quebrantado e prostrado aos seus pés. Isso, para mim, foi, depois, uma experiência extraordinária, porque parecia-me uma realidade, como se Ele mesmo ficasse em pé perante mim, e eu me prostrasse aos seus pés e lhe derramasse a minha alma. Chorei alto e fiz tanta confissão quanto foi possível, entre soluços. Parecia-me que lavava os seus pés com as minhas lágrimas; contudo, sem sentir ter tocado na sua pessoa...
"Ao virar-me para me sentar, recebi o poderoso batismo com o Espírito Santo. Sem o esperar, sem mesmo saber que havia tal para mim, o Espírito Santo desceu de tal maneira, que parecia encher-me corpo e alma. Senti-o como uma onda elétrica que me traspassava repetidamente. De fato, parecia-me como ondas de amor liquefeito; porque não sei outra maneira de descrever isso. Parecia o próprio fôlego de Deus.
"Não existem palavras para descrever o maravilhoso amor derramado no meu coração. Chorei de tanto gozo e amor que senti; acho melhor dizer que exprimi, chorando em alta voz, as inundações indizíveis do meu coração. As ondas passaram sobre mim, uma após outra, até eu clamar: 'Morrerei, se estas ondas continuarem a passar sobre mim!. Senhor, não suporto mais!' Contudo, não receava a morte.
Rossel, Garth e R. Dupuis, Memórias originais de Charles Finney, Ed. Vida, 2006, S. Paulo.
Próxima postagem: Chamada Ministerial e primeiros frutos.
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