sábado, 15 de maio de 2010

A conversão do Avivalista Charles Finney


"Ao norte da aldeia, do outro lado de uma colina, havia um bosque, onde eu costumava caminhar quase diariamente, quando fazia bom tempo. Àquela altura do ano, já havia passado a estação em que meus passeios podiam ser freqüentes. Apesar disso, em vez de ir para o escritório, voltei-me em direção ao bosque, sentindo que devia ficar longe de todos os olhos e ouvidos humanos, a fim de derramar minha oração diante de Deus. Mas até ali meu orgulho tinha de se evidenciar.

“Quando tentei orar, porém, vi que meu coração não queria orar. Havia suposto que, se eu tão-somente encontrasse um lugar onde pudesse falar em voz alta, sem que ninguém me ouvisse, seria capaz de orar livremente. Mas quando tentei orar, emudeci: nada tinha para dizer a Deus. Até consegui dizer umas poucas palavras, mas não de coração. A cada tentativa, escutava, segundo me parecia, um remexer de folhas secas e parava, levantando os olhos para ver se alguém "estava vindo em minha direção. Isso se repetiu várias vezes. Finalmente, vi-me à beira do desespero e disse para mim mesmo: ''Acho que não consigo orar. Meu coração está morto diante de Deus e não quer orar".

“Imaginei então ter ouvido outra vez alguém se aproximando. Abri os olhos para ver se realmente havia alguém por perto. Mas naquele exato momento ficou claro para mim que a grande dificuldade, o que me impedia de orar era a soberba de meu coração. A consciência esmagadora de minha iniqüidade - ter vergonha de que um ser humano me visse de joelhos diante de Deus - apossou-se de mim de modo tão poderoso que passei a gritar, afirmando que não sairia dali nem que todos os homens da terra e todos os demônios do inferno estivessem ao meu redor. "O quê?!", exclamei. "Um pecador tão degradado como eu, de joelhos, confessando seus pecados ao grandioso e santo Deus, com vergonha de que outro ser huma¬no, tão pecador quanto eu, saiba disso e me veja de joelhos procurando a paz com meu Deus, a quem ofendi?!" Meu pecado parecia terrível, infinito. Fez-me quebrantar-me diante do Senhor.

“Naquele momento, como um raio de luz, senti que penetrava em minha mente a seguinte profecia bíblica: "Então vocês clamarão a mim, virão orara mim, e eu os ouvirei. Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração" (Jr 29.12,13). Imediatamente, apossei-me dessas palavras com o coração. Até então, eu havia crido intelectualmente na Bíblia. Nunca percebera que, na verdade, a fé significava confiança voluntária, e não um estado intelectual. Tomei total consciência de que, naquele momento, precisava confiar na veracidade de Deus.

“De alguma forma, fiquei sabendo que aquelas palavras eram uma passagem das Escrituras, embora creia que ainda não a tivesse lido. Sabia que era a Palavra de Deus, a voz de Deus falando comigo, exclamei: "Senhor, eu me aposso hoje de tua promessa. Agora sabes que eu realmente te busco de todo o coração, que vim a este lugar a fim de orar a ti e que prometeste me atender". O Espírito parecia enfatizar a idéia dada no texto: "... quando me procurarem de todo o coração". A questão do momento, ou seja, o tempo presente, parecia impressionar fortemente meu coração. Falei ao Senhor que aceitaria literalmente sua promessa, tendo a certeza de que ele não podia mentir e, por isso, estava certo de que atenderia à minha oração e seria achado por mim.

“Continuei a orar e a receber e tomar posse das promessas divinas por um longo período. Não sei quanto tempo durou. Orei até sentir minha mente transbordar e, antes que o percebesse, já estava em pé, subindo aos saltos a ladeira em direção à estrada.



Rossel, Garth e R. Dupuis, Memórias originais de Charles Finney, pp 27,28,29, Ed. Vida, 2006, S. Paulo.


Próxima postagem: A experiência de Finney com o Espírito Santo e Seu revestimento de poder.

----------------------
Se você foi edificado com este artigo repasse-o a um amigo e convide-o a visitar o nosso blog. Você pode fazer isso clicando no ícone em forma de envelope, no blog, abaixo deste texto.

Logo ao lado você também pode informar o e-mail dessa pessoa e nós enviaremos um convite. Se ela concordar, passará a receber as nossas atualizações a partir de então.

Obrigado pela colaboração.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

O maior evangelista desde Paulo





Certamente, você já ouviu falar de Charles Finney, o grande avivalista americano que lutou pelo abolicionismo, pela participação feminina no ministério cristão e foi o instrumento de Deus para a conversão de cidades inteiras para Cristo em seu tempo.

Antes dele, o evangelho era pregado com um certo tom fatalista: se você for um escolhido se converterá. Se não, azar o seu. O espírito do ultra-calvinismo fazia as pessoas imaginarem um Deus arbitrário em sua soberania, capaz de lançar multidões ao inferno somente porque desejou fazê-lo.

Depois de Finney, a pregação do evangelho passou por uma verdadeira reforma, resultando em ondas contínuas de conversões que espraiam em nossos dias e ainda tendem a se derramar por muito tempo.

Fico espantado com os resultados colhidos por esse pai de família sem recursos financeiros, que trocou a carreira de advogado pelo oficio de pregador da palavra. Sem recursos modernos tais como microfones e outros aparelhos eletrônicos, ele conduziu centenas de milhares de pessoas a Cristo, observando entre os novos convertidos um percentual de permanência jamais antes alcançado.

A maior parte dos seus trabalho se encontra hoje em inglês, contudo já há um movimento, ainda que tímido, no sentido de traduzí-los para a língua portuguesa. Em 2002 estive em Curitiba, na casa de um amigo, o irmão Ale, que traduziu um número considerável de suas obras e as enviou para o site http://www.gospeltruth.net/. Inspirado por sua dedicação resolvi ajudar a divulgar os trabalhos de Finney e realizei uma modesta pesquisa, que publicarei neste blog a partir de hoje.

Você vai descobrir que devemos muito a esse instrumento de Deus. Vale a pena rever muitos dos nossos conceitos e práticas à luz de seus ensinamentos iluminados pelo Espírito Santo de Deus.


TESTEMUNHOS ACERCA DE FINNEY

Registrarei a seguir o depoimento de pessoas destacadas na pregação do Evangelho: Halley, Wesley Duewell, Myer Pearlman, Orlando Boyer, Billy Graham, Jonathan Goforth, T. L. Osborn, Oswald Smith, Kenneth Hagin, Gene Edwards, Benny Hinn, Tommy Tenney, Dallas Willard e Paul (David) Yonggi Cho.


  • Myer Pearlman:
Quando Finney ministrava em uma comunidade onde a graça de Deus havia recebido excessiva ênfase, ele acentuava muito a responsabilidade do homem. Quando dirigia trabalhos em localidades onde a responsabilidade humana e as obras haviam sido fortemente defendidas, ele acentuava a graça de Deus. (Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, cap XIII, Editora vida, 2006, São Paulo, SP.)

  • Halley:
Na América do Norte, O Segundo Grande Avivamento (1800-1861) foi uma resposta ao racionalismo e à industrialização. As pregações reavivalistas e a piedade pessoal grassavam no novo pais. Quase todas as denominações se reuniam em acampamentos e as conversões ocorriam aos milhares. Os acampamentos tornaram-se lugares permanentes de culto e depois em centros de conferencias bíblicas, alguns dos quais existem até hoje. Charles Finney foi o evangelista de maior destaque naqueles tempos. Ele mudou a forma de evangelização, adaptando-a ao ministério urbano. Mais tarde, no mesmo seculo, Dwight L. Moody espregaria as técnicas de avivamento de Finney e acrescentaria a colportagem (distribuição de literatu¬ra de porta em porta) e a fundação de varias instituições educacionais, das quais a mais conhecida e Instituto Bíblico Moody em Chicago (Manual Bíblico de Halley, Vida, 2001).


  • Wesley Duewell:
“Finney foi instrumental no grande avivamento de 1857 a 1858 dos 'grupos de oração', que espalhou-se por dez mil cidades e municípios, resultando na conversão de pelo menos um milhão de pessoas. Somente entre janeiro e abril de 1858, cem mil pessoas foram salvas nestas reuniões de oração ao meio-dia” (O fogo do reavivamento).

  • Orlando Boyer:
“Depois de ele pregar em Governeur, no Estado de New York, não houve baile nem representação de teatro na cidade durante seis anos. Calcula-se que, durante os anos de 1857 e 1858, mais de 100 mil pessoas foram ganhas para Cristo pela obra direta e indireta de Finney. A sua autobiografia é o mais maravilhoso relato de manifestação do Espírito Santo, excetuando o livro de Atos dos Apóstolos. Alguns consideram o seu livro, "Teologia Sistemática", a maior obra sobre teologia, a não ser as Sagradas Escrituras”. (Boyer, Orlando - Heróis da fé, Cpad).


  • Billy Graham:
Cheios do Espírito, Francisco Asbury, Jorge Fox, Jônatas Edwards, Charles Finney e David Brainerd incendiaram os prados e montanhas da América do Norte com a chama da religião verdadeira (Grahan, Billy – O segredo da felicidade).

Em 1830 umas 30.000 pessoas se converteram em Rochester, estado de Nova Iorque, nas pregações de Charles Finney. Finney disse mais tarde que a causa foi a oração fiel de um homem que nunca vinha às reuniões, mas dedicava seu tempo à oração (Grahan, Billy, O poder do Esp Sto, VIDA NOVA, São Paulo, SP).

  • Jonathan Goforth:
No final do outono de 1905, um amigo da Índia, enviou-me um pequeno folheto que continha seleções dos livros: Memórias de Charles Finney e Palestras Sobre o Avivamento. Este último foi o que utilizei para que um grande fogo espiritual se acendesse no meu coração.

No princípio de 1907, um irmão missionário havia me emprestado a autobiografia completa de Finney, que li durante a minha viagem para participar numa intensa obra evangelística, que a nossa missão conduzia anualmente na feira de Hsun Hsien, que era grandemente idólatra. É impossível determinar tudo o que este livro significou para mim. Nós, os missionários, líamos diariamente uma porção, enquanto fazíamos o nosso trabalho na feira (Goforth, Jonathan - Um pentecostes pessoal).

  • T. L. Osborn:
A Igreja Primitiva praticara o evangelismo em massa, mas este foi sufocado até morrer durante a Era das Trevas... Mas foi redescoberto, e houve ressurgimentos repetidos sob a liderança de homens, tais como, Finney... (Osborn, T. L. – Ajunta-te a esta carruagem).

  • Oswald Smith:
Você sabe quantos membros de igrejas evangélicas havia nos Estados Unidos quando Charles G. Finney deu início ao seu grande trabalho de reavivamento? Eram duzentos mil. Pense nisso! Só duzentos mil membros de igrejas em toda a nação! Você sabe quantos membros havia quando ele terminou a sua tarefa, poucos anos mais tarde? Mais de três milhões. Sim, no decurso do ministério de um único homem, três milhões! Que tremendo milagre! (Smith, Oswald, Paixão pelas almas, vida, São Paulo, SP).

  • Kenneth Hagin:
Charles Finney foi o maior ganhador de almas e evangelista desde os dias do Novo Testamento (Haggin, Keneth - Os dons do ministério).

Charles G. Finney permanece como um dos maiores expoentes da evangelização desde os dias do apóstolo Paulo. To¬dos os teólogos e historiadores da igreja concordam que Finney teve maior sucesso pessoal como pregador do que qualquer outro desde os dias de Paulo. Além disso, nos avivamentos realizados por Finney, 80% dos convertidos continuavam firmes.

Qual era o segredo do sucesso de Finney? Ele mesmo conta: “Não há mais segredo ou mistério em ter um avivamento do que existe de misterioso em um fazendeiro fazer uma colheita. Se o agricultor preparou o solo, plantou a semente e confiou em Deus para a chuva, então, no tempo apropriado, haverá uma colheita (Hagin, Kenneth – o cristão que intercede, graça editorial, 1999, São Paulo, SP).

  • Gene Edwards:
Tem havido cerca de quatro pontos culminantes na história do evangelismo em massa: um nos tempos de Wesley; outro, sob Finney; depois sob Moody; e, finalmente, em nossos próprios dias, sob a liderança divina, nas campanhas de Billy Graham (Edwards, Gene – Assim uma Igreja conquista almas).

  • Benny Hinn:
Charles Finney, que foi um instrumento que ateou fogo em reavivamentos espirituais na América do Norte, era dotado de tal unção que a sua simples presença trazia uma nuvem de glória sobre toda uma área de uma cidade, quando ele falava. A glória de Deus chegava a ser sentida dentro e fora dos salões onde eram efetuadas as reuniões. Pessoas caíam sob o poder de Deus, chorando e implorando misericórdia. Por muitas vezes, meros passantes, quase todos sem nenhum interesse em Deus até àquele momento, caíam no chão, sob o poder espiritual e confessavam os seus pecados (Hinn, Benny – A unção).

  • Dallas Willard:
Finney tinha uma profunda compreensão teórica e prática de como a crença rege a ação e de como a verdade pode ser utilizada eficazmente para mudar a crença. E ele também entendia que essa obra só pode ser realizada para fins cristãos em cooperação com o espírito de Jesus (Willard, Dallas, Conspiração divina, Editora Mundo Cristão, São Paulo, SP).

  • Paul (David) Yonggi Cho:
Não há razão para que não ocorram milagres em nossas igrejas regularmente. Não há motivo para não haver pecadores sendo salvos pelo Espírito Santo. Ouvi contar certa vez sobre a passagem de Charles Finney pela pequena cidade de Houghton, no norte do estado de Nova Iorque. Uma cidadezinha comum, onde um dia, quando Finney passava por ali de trem, o Espírito Santo desceu sobre os não-convertidos. Alguns homens que estavam num bar, sentindo forte convicção de pecados operados pelo Espírito Santo, caíram de joelhos pedindo a Jesus Cristo que os salvasse. E se o Espírito Santo deu a Charles Finney um poder assim, será que não pode dar a nós também um ministério poderoso? Finney raramente falava sobre o segredo de seu poder. Entretanto, certo dia, um repórter resolveu vigiá-lo. Por fim, o jornalista teve que concluir que a origem do poder de Finney eram as longas horas que ele passava em oração (Cho, Paul (David) Yonggi, Oração – a chave do avivamento, Editora Betânia, Rio de Janeiro).

  • Tommy Tenney:
Meu desejo é ver uma explosão contagiante da presença de Deus, como aquela experimentada por Finney...

Pai, confessamos que queremos ver uma mudança em nossas vidas e em nossa igreja para que possamos trazer mudanças em nossa cidade....

Mostre Sua presença através de nossas vidas, assim como o Senhor fez através de Charles Finney, quando ele andava pelas fábricas e via trabalhadores dobrarem seus joelhos sob a Sua glória e clamarem por perdão, embora nenhuma palavra tenha sido dita ou pregada.

...Permita que estejamos de tal forma imbuídos de Sua presença, que as pessoas não consigam entrar em nossos lares ou permanecerem em nossa presença, sem que se arrependam de seus pecados. Que a Sua glória, Pai, traga convencimento em suas vidas e as conduza à salvação, não por causa de nossas palavras, mas por causa de Sua presença e poder em nossos corações (Tenney, Tommy - Os caçadores de Deus).


Próxima postagem: O Encontro de Charles Finney com Jesus


----------------------------------------------------------------------------
Se você deseja nos ajudar com a divulgação deste blog, clique no ícone em forma de envelope logo abaixo, informe o e-mail de um amigo seu e enviaremos este artigo a ele. Obrigado por sua colaboração.